AMMA

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Quando fui até a Índia conhecer esta indiana que todos diziam ter o abraço mais especial e inesquecível da vida, eu não poderia jamais esperar o que iria encontrar ali.

Como alguém consegue abraçar incansavelmente as pessoas vindas de todas as partes do mundo de manhã até a noite, sem sequer descansar ou comer?

Para isso a Amma tem uma resposta muito simples: “Quando existe amor verdadeiro, não existe esforço”.

Também conhecida como Mata Amritanandamayi, esta líder espiritual que acaba de completar 64 anos exemplifica o mais sublime dos ensinamentos espirituais todos os dias de sua vida, entregando seus braços, seu amor, seu tempo, indiscriminadamente, causando uma explosão de energia a todos aqueles que vão até ela em busca de conforto espiritual, e saem de seus braços muitas vezes em lágrimas, preenchidos com sua profunda energia de amor.

Ela recebe em seu ashram no sul da Índia a todos, indianos e estrangeiros, acolhendo a todos independente do tempo que a pessoa deseja permanecer. É a própria Amma que desenhou os prédios e toda a estrutura que acolhe os buscadores, ela mesma canta os divinos bhajans (cantos devocionais) nos finais de tarde do ashram, ela conduz os satsangs (discursos sobre espiritualidade) e recebe a todos pessoalmente, orientando os que estão se sentindo perdidos neste mundo de ilusão.

Tive o merecimento de viver a rotina do ashram por mais de uma semana e testemunhar a beleza e organização que rege este pedacinho da Índia, onde todos trabalham de forma voluntária para que esta engrenagem funcione de forma tão harmônica e funcional. Percebe-se a presença da Amma em cada oração, ritual, sorriso, trabalho voluntário. Além da enorme beleza do mar que quebra suas ondas logo em frente ao ashram.

Realmente é indescritível a sensação de seu abraço, o que posso dizer é que cada abraço é capaz de abrir um novo portal dentro de nós, e que a energia que existe naquele lugar trouxe profundas transformações para mim. O que se leva dali é a esperança de que o mundo possa um dia ser tão harmonioso como é o ashram, e a vontade de voltar.

Todos se comprimentam tanto de dia como de noite da seguinte maneira: “Om Namah Shivaya!”